domingo, 4 de março de 2012

Traição!

No aniversário de 1 ano da Liz um primo meu que morava no Interior do Estado veio visitar-me e conhecer minha filhota linda!
Na época ele foi o único que se dispôs a nos visitar, haja vista que minha família sempre me deixou de lado por eu fazer a linha ovelha negra. O que de certa forma sempre me encheu de orgulho!
Meu primo Nilsinho ( como era mais conhecido ) era daqueles que acordava cedo e ia para a roça. Corpo atlético, pele queimada pelo sol do sertão e dono de uma timidez quase irritante.
Não sei por quê cargas d´água a Carol se encantou quando ele chegou humildemente aqui para nos ver. Parece que ele sem perceber acionou um dispositivo nela que o lado gay dela não entendeu. E por causa disso, dentre esses anos todos, ela foi acordada de um longo sono até então homossexual.
No início eu não saquei tal despertar da Carol para um pau! Mas de qualquer forma isso foi salutar para ela e principalmente para mim. Dentro da minha cabecinha machista de fim de semana, eu nunca consegui entender como uma mulher dispensa um cacete pulsante no meio das pernas. 
No dia que Nilsinho veio conhecer a Liz ela estava meio doentinha. Um tanto febril e por isso não estava acordada. O que o deixou frustrado. Todavia ele prometeu voltar no final de semana, já que ia ficar uns dias na capital.
No finalzinho do sábado quando eu estava me preparando para sair ao supermercado, Nilsinho chegou timidamente e perguntou se estava atrapalhando, enquanto eu falei: Que nada primo! Entre e fique conversando com a Carol enquanto eu vou ali rapidinho comprar umas frutas para Liz! - ele balançou a cabeça positivamente e o deixei no sofá conversando com a Carol.
Demorei na rua mais do que eu havia pensando e quando cheguei em casa vi que a Carol não tinha acendido as luzes e que só o abajur do quarto da Liz estava aceso, iluminando o sono do meu pequeno anjo. 
Ao chegar ao nosso quarto vi a Carol de quatro sendo comida pelo meu primo! Na hora eu fiquei congelada e super surpresa! Desde que eu a conhecia ela nunca tinha tido uma experiência hetero e aquilo foi chocante para mim.
Fiquei parada com cara de idiota na porta e observando cada detalhe...cada gemido...cada penetração que Nilsinho fazia na minha mulher. Eles estavam tão extasiados um com o outro que não notaram minha presença ali!
Na hora senti um mixto de raiva, excitação e confusão! Afinal fui pêga desprevinida com tudo aquilo! Mas antes que eu pudesse esboçar alguma reação eu ouvi a voz de Carol dizer: Sei que você está aí meu amor. Venha pra cá! Junte-se a nós!
E inacreditávelmente eu não fui! Os deixei ali e fui para a cozinha tomar um café e acender um cigarro. Não consegui entender naquele instante o que estava acontecendo.
Fiquei lá fora por uns 30 minutos ouvindo os gemidos deles até que um silêncio tomou conta da casa novamente.
Perdoe seu primo, Luna...mas eu não resisti e foi ela que me pediu e...- cortei a desculpa um tanto pensativa para sua voz envergonhada. - Mas eu acho que vocês duas precisam conversar - Nilsinho continuou agora um pouco apreensivo.
Ao entrar no quarto vi Carol com um olhar perdido, porém nada arrependida. Então eu a questionei: Por que você fez isso e desta maneira? Não era mais fácil e digno conversar comigo antes?
Foi nesse momento que a bomba caiu por sobre minha cabeça: Faz uns 6 meses que eu tenho um caso com Nilsinho! Nunca te contei nada porque eu sabia que você não ia entender e... - antes que ela completasse eu a cortei: Como assim? Você me traiu de uma forma gratuíta!!! Você poderia ter quem quisesse e no entanto fez isso??? Que porra você fez comigo?Que porra você fez com a gente???
Carol baixou a cabeça e saiu sem dizer mais uma palavra. Na semana seguinte Nilsinho apareceu para buscar as coisas dela e nunca mais os vi. 
Quando a Liz completou 10 anos recebi um cartão da Carol dizendo que ela estava grávida e muito feliz com meu primo.
Depois de tantos casos e aventuras tudo terminou assim para a gente! Só restou as boas lembranças de muitos gozos e uma interrogação no ar: Por que?

Nenhum comentário:

Postar um comentário